Recentemente li algo no Facebook sobre amores líquidos e como boa
curiosa que sou, resolvi ler umas matérias a respeito, antes de ler o livro de
Zygmund Bauman, que pelo que entendi, é o mais conhecido aqui no Brasil (Amor Líquido - Sobre A Fragilidade Dos Laços Humanos ).
Confesso que fiquei extremamente preocupada com a forma como temos
nos tratado por causa da rapidez das tecnologias e a efemeridade do valor das
coisas.
Sim, temos nos tratado como coisas.
As redes sociais e os aplicativos de namoro são uma grande vitrine
para essa época de total fluidez em que vivemos.
Creio que meu desapontamento, de um modo geral é pela minha moral,
minha autopreservação, porque não acho interessante descartar as pessoas, como
descartamos algo que não nos é mais útil.
Muitas pessoas se frustram pois se dedicam, são honestas, carinhosas, e, sem mais nem menos, a outra parte some de sua vida, ou vem com a velha história "você é especial e merece alguém à sua altura", mas não dão oportunidade e nem tem paciência para conhecer.
A internet facilitou bastante a vida daqueles que não gostam de sair e/ou se esqueceram de como é se relacionar pessoalmente, ou que ainda tem grande dificuldade em dar sequência e sair das redes sociais e sites de relacionamento.
As opções são inúmeras, por isso, as pessoas querem trocar de par toda hora, mudar o investimento.
Essa pessoa não me satisfaz, ou mora longe, ou tem filhos... são inúmeras as desculpas para tratar o outro como "um pedaço de carne," ou uma distração se não tiver nada melhor pra fazer.
Quando não somos correspondidos no imediatismo dos dias atuais, logo desistimos do que não nos atende e buscamos uma outra coisa, ou uma outra pessoa que nos dê o que acreditamos necessitar. Nosso amor-próprio atrelado ao amor do outro por nós, uma vez que associamos nossa felicidade na relação a sermos amados por alguém além de nós mesmos.
A internet facilitou bastante a vida daqueles que não gostam de sair e/ou se esqueceram de como é se relacionar pessoalmente, ou que ainda tem grande dificuldade em dar sequência e sair das redes sociais e sites de relacionamento.
As opções são inúmeras, por isso, as pessoas querem trocar de par toda hora, mudar o investimento.
Essa pessoa não me satisfaz, ou mora longe, ou tem filhos... são inúmeras as desculpas para tratar o outro como "um pedaço de carne," ou uma distração se não tiver nada melhor pra fazer.
Quando não somos correspondidos no imediatismo dos dias atuais, logo desistimos do que não nos atende e buscamos uma outra coisa, ou uma outra pessoa que nos dê o que acreditamos necessitar. Nosso amor-próprio atrelado ao amor do outro por nós, uma vez que associamos nossa felicidade na relação a sermos amados por alguém além de nós mesmos.
Quem nunca?
Infelizmente, por mais que tenhamos autoestima, sempre precisamos
de alguém que nos corresponda, e, se não somos correspondidos, porque a maioria
das pessoas não quer se entregar e se envolver, dada essa facilidade virtual, uma espécie
de lei da oferta e da procura do amor, esses amores líquidos se tornarão mais e
mais comuns, e mais e mais pessoas, como eu, ou como você, se sentirão sozinhas
e desanimadas dos relacionamentos superficiais.
Este texto é da era pré-pandemia, repostado em 11/08/2021