Esta semana fiz uma enquete no meu Facebook para as mamães conhecidas perguntando o que elas faziam para tirar um tempinho para si.
As respostas foram muito parecidas.
As mães que não vivem com os pais de seus filhos disseram que tiram seu dia de folga quando estes os pegam pra passar o fim de semana.
As respostas foram muito parecidas.
As mães que não vivem com os pais de seus filhos disseram que tiram seu dia de folga quando estes os pegam pra passar o fim de semana.
As que tem filhos pequenos, de até três anos, perguntaram: "O que é dia de folga?"
Outras disseram que acordam antes do filho para tirar um tempo e fazer suas coisas, como uma leitura, um cuidado para si mesmas, enfim, as necessidades básicas, que nós mulheres, antes de sermos mães, sempre tivemos.
E uma grande parte, como eu, tem o privilégio da ajuda dos avós.
Eu sempre quis ter filhos, mesmo se não me casasse, os filhos sempre estiveram nos meus planos. Algumas mulheres planejavam casamento e eu, uma produção independente, desde a adolescência.
Hoje, venho aqui "desglamourizar" a maternidade com propriedade.
Desde a barriga já começa o sofrimento: "Será que meu filho vai nascer?" Se nascer "Será que meu bebê vai ser saudável?" "Será que vai ter algum problema genético, ou uma síndrome qualquer, ou, ou, ou...?" "Será que vou sobreviver ao parto?" "Vai ser normal ou cesariana?"
É muita pressão a cabeça de quem se descobre grávida.
Outro ponto importante é acabar com aquela felicidade das mãe de capa de revista com filho recém nascido.
Primeiro: como dá pra ser bonita, sem olheira, ter pele corada, sendo mãe de uma criança com menos de dois anos, se você não for rica?
Porque sim, só as mulheres ricas, cheias de funcionários para ajudá-las têm vida após a maternidade.
Conheço mães que não dormem desde que o filho nasceu, isso há quase dois anos. E não pensem que na gravidez elas dormiram. Nos últimos dois meses pelo menos, fica impossível arrumar uma posição confortável para ter uma boa noite de sono acompanhada do seu lindo barrigão.
Dia desses, vi uma declaração da Taís Araújo na TV contando que o marido Lázaro Ramos se tranca no banheiro por mais de hora, fingindo estar fazendo um número 2, para ter uma folga da rotina doméstica.
Vou lhes confessar: Já fiz isso várias vezes. E quando saí do banheiro cheia de culpa, depois de várias vezes ser chamada "Mamãe, onde você está?" "Mamãe, o que você está fazendo?" e me deparar com um deles ou até os dois do lado de fora me esperando.
Sim, culpa. Mãe é sinônimo de culpa.
Nunca estamos satisfeitas com como estamos nos saindo. Se algo acontece de errado ela, a culpa, está lá de braços cruzados nos encarando.
Apontando o dedo na nossa cara e fazendo nos sentir umas incompetentes, anormais, ou uma infinidade de outras palavras que se igualam à frustração.
A mãe nunca chorou escondida se sentindo a pior do mundo que atire a primeira pedra.
Hoje, eu jamais aconselharia alguém a ser mãe. Mas se alguém ousar se aventurar por este caminho, digo logo para que tenha dois filhos. Porque é muito amor para um filho só suportar (e muita chatice, egoísmo, falatório também).
A mãe nunca chorou escondida se sentindo a pior do mundo que atire a primeira pedra.
Hoje, eu jamais aconselharia alguém a ser mãe. Mas se alguém ousar se aventurar por este caminho, digo logo para que tenha dois filhos. Porque é muito amor para um filho só suportar (e muita chatice, egoísmo, falatório também).
Porque ser mãe é isso. É ter que dizer não, com o coração despedaçado, sabendo que está ensinando que a vida é difícil.
Ser mãe é passar a noite acordada na doença do filho e esquecer tudo de ruim quando ele fica bem. Não importa a idade.
Ser mãe é querer se colocar no lugar dele diante de todas as adversidades, só para que sua cria não sinta dor, e, se isso acontecer, sofre junto. E se a dor for causada por alguém, quer descontar e fazer a pessoa sofrer igual ou pior.
Com tudo isso que eu disse, mesmo com toda essa loucura, nenhuma mulher jamais se arrependeu. Pelo contrário.
Com marido, sem marido, com babá, sem babá, com dinheiro, sem dinheiro, mãe que é mãe nunca se arrepende.
E você que leu e ainda não é, só vai entender na prática, porque ser mãe é um verbo cheio de braços.
P.S.:
1- Até hoje eu tomo banho com a porta destrancada. Minha filha mais velha vai fazer 16 anos e meu filho mais novo 9. Vai que eles precisam de mim, né?